quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Carta de despedidas.



Veja só quem se despede. É ela, aquela velha "amiga" - que de amiga mesmo nunca teve muita coisa. Está indo, e está indo tarde. Tudo bem, tudo bem... Com sua amizade eu aprendi muita coisa. Mesmo você me privando de tantas outras, eu assumo que eu até cresci em alguns pontos. Mas acabou, meu bem: não há mais o que fazer.

Pode ir arrumando as suas maletinhas no outro quarto, eu não vou incomodá-la em nenhum momento. Só não deixe nada para trás. Leve suas discussões, suas lágrimas de tristeza, seu desespero, sua angústia e sua incrível e indecifrável "presença de ausência".

Confesso, tudo melhorou desde que você me contou de sua futura partida. Já posso ser livre para os amigos e colegas, já tenho pelo menos uma noite de fim de semana, meus risos.

E, antes de você partir: nem pense que vou deixar você levar meus discos de Rock e música latina. Não se atreva! E, por favor, passe um tempo vagando por aí, sozinha. Não encontre outra pessoa para atormentar. E não volte, nunca mais, se possível.

Adeus, Solidão!
Um abraço,

Vanessa Gomes.


Entenda a história, veja a "saga de cartas" entre eu e Solidão:

1. Carta para a Solidão
2. Réplica da solidão
3. Tréplica para a Solidão


"Os sonhos se tornam claros, a névoa se torna mais densa toda vez que eu respiro. As estrelas parecem as mesmas pra mim."
Gold, by Mando Diao



4 comentários:

  1. Ainda somos (paradoxalmente) velhos "amigos".

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  2. Gabrieljbl2:03 PM

    Nessa, escreves divinamente.

    darei adeus também um dia.

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  3. Que bom que cansou da companhia dela!

    As coisas continuam muito bem, hein?

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  4. Nessa!
    Quanto tempo que não visito aqui.
    Havia lhe prometido fazê-lo antes, mas estou fazendo agora =P

    Acho que sua amiga me veio fazer uma visita.
    Mas tudo bem, recebi bem - talvez por isso ela não tenha me mostrado seus males; e a verdade é que lhe gosto. Mas ela vai em breve já, só uma parte dela fica, uma que não foi ela que trouxe, apensa esteve sempre aqui.

    Bem... ainda bem que você não a tem mais. Quando estiver em sua "companhia" novamente, procure aproveitar seu lado bom. E quando você não a quiser mais e estiver a ponto de se livrar, nem um abraço, melhor acenar a mão, e só ;)

    PS: Não comento nos outros posts porque não conheço bem (acho que nem mal) Beirut.

    Boa volta =)

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