quinta-feira, 30 de julho de 2009

Postcards from Italy.

Às vezes eu queria acreditar numa verdade que acabo de inventar. A vida poderia muito bem ser compostas de cartões postais: "-Oi mãe, hoje não estou tão bem. Rompi o namoro. Saí pra afogar as mágoas. -Tudo bem filha, lembre que ao voltar estaremos aqui para apoiar." E pronto. Seria tão mais fácil.

Mas já dizia o clichê, o mais fácil nem sempre é o mais prazeroso. E é bem verdade que quase tudo é uma questão de prazer e/ou satisfação pessoal. Aliás, quase não. Tudo. É muito menos incômodo ler um livro quando nós gostamos da capa. Não que esse fato o torne melhor, mas, mesmo todos achando ao seu redor a capa ridícula, se ela te agradar, é válido.

Às vezes eu acredito nas verdades que eu invento. A
vida poderia ser muito mais fácil se pudéssemos escolher o momento exato e quais postais enviar.

"The shattered soul,
Following close but nearly twice as slow.
In my good times
there were always golden rocks to throw."
Postcards from Italy, Beirut.



quinta-feira, 23 de julho de 2009

É meu jeito.

É que meus olhos não mentem.
É assim que sou. É esse o jeito meu. Não me peça pra mudar, não tente me mudar. Minhas mudanças ocorrem repentina e naturalmente - quando ocorrem.

Sou assim. Sou essa mistura, esse ser diferente. Sorridente com leve ar de tristeza. Triste com sorriso nos lábios. Nem alta, nem baixa. Nem lá, nem cá.

É engraçado. Chega a ser trágico, às vezes. Mas não tanto. Só o suficiente para que eu faça algo menos improdutivo. Por exemplo, há dias nos quais eu escrevo e/ou leio compulsivamente. Em outros, só quero saber de música. Quer dizer, todo dia estou pra música. Toda hora, iUHAiahiua...

Falando em música, vamos esclarescer. É possível perceber sem muitas dificuldades meu gosto musical: tendendo gritantemente às músicas internacionais. Mas isso não é absoluto. Tem dias que estou para ouvir Brasil. E assim vou.

Não quis dizer que sou um meio termo... Só não sei para que lado estou pendendo. Às vezes, bem às vezes, eu gosto de mudar de lado.
P.S. Hoje foi um daqueles dias, nos quais escrevo bastante. =)

P.S.2. Há quem duvide, mas eu estava sorrindo naquela foto ali, onde só aparecem meus olhos. Qualquer dia posto a foto inteira.

"Temos que confessar. Estamos apaixonados pelos nossos próprios pecados."
Adaptado, "America's Suitehearts", Fall out boy.


terça-feira, 21 de julho de 2009

Vrum, vrum.

Hoje foi meu segundo dia e eu pareço não ter sido intimidada pelo seu barulho. Pelo contrário, acho bem legal. O máximo que cheguei foi a 80km/h e já me sentia "voando". É muito boa a sensação, de liberdade, adrenalina. E detalhe: estou aprendendo ainda. Mas estou me saindo bem, não caí nenhuma vez nem pus ninguém em perigo (onde eu estou incluída no conjunto de ninguém).

Vai dar tudo certo. Além disso, mais uma linha foi riscada da minha lista de "coisas que farei antes de morrer". Isso me deixa muitíssimo bem. Torçam por mim.

P.S. Estou
para tirar "carteira de moto". Até lá.
P.S.2. Para ver a foto - do meu fragmento de lista - maior basta clicar nela. ^^



domingo, 19 de julho de 2009

"Essa kombi não tem nada."

Eu nem acreditei quando ouvi o meu próprio riso. Na verdade, é de mim rir em demasia. Principalmente nas horinhas de descuido. Não que eu seja uma bobona a rir de tudo e todos, não é bem isso; é simplesmente muito mais fácil sorrir e ver - ou, pelo menos, tentar - o lado bom das coisas. Vamos aos fatos.

Tinha esquecido de como a casa é tão gélida e silenciosa. Não recordava mais do barulho do vento aqui por essas bandas... Nem como era ouvir o som dos meus passos - tanto pela casa, como na rua mesmo. Decidi ir andando só ao médico. (Não era nada de preocupante, afinal, exames de rotina.) Tentemos ir aos fatos.

Parece que o sol despertou do cochilo essa tarde, e decidiu sair um pouquinho. Mas ele estava calmo; justamente na hora que saí de casa. Fui. Voltei. Agora sim, os fatos.

Eu ouvi meu próprio riso. Dessa vez era diferente. Não era sarcástico, nem irônico. Tampouco era desacreditado. Era pura e claramente sincero. Uma gargalhada daquelas. Eu estava rindo de mim, das coisas bestas as quais me ponho a pensar. Lembrei que disse a alguém, não me recordo bem a quem, nem onde, nem quando; só lembro que disse "a tristeza é muito mais inspiradora". Tudo bem, eu até tive meus momentos... Quem não os têm, afinal? Mas, ao ler alguns dos meus textos desse semestre, quem não me conhece bem poderia pensar que eu andava realmente triste, ou muito, muito perturbada. Não é bem assim.

Eu "cavei" e fiz de pequenas coisas, grandes monumentos nos quais eu pudesse me inspirar de qualquer forma que fosse, e escrever, escrever, escre... Chega! Eu li uns textos antigos, não postados, eram de partir o coração! Não faz sentido publicá-los. Não agora. Mas foi a partir de pequenos (res)sentimentos que eu pude escrever mais ou menos de forma constante. A verdade é que certas coisas escritas por mim me perturbam um pouco. Maldita hora que fui dar relevância a esses pontos. Blá, blá, blá, blá...

Escrever é uma fuga. É um hobby. Nem sempre sou sincera. Escrevendo eu sou quem eu quero. Mas meus textos sempre têm uma pitada de mim.
"É, pode ser que a maré não vire.
Pode ser do vento vir contra o cais.
(...)
Sobre estar só, eu sei."
Dois Barcos, Los Hermanos.

terça-feira, 14 de julho de 2009

Sobre livros. Sob frio.

Um livro novo, com aquele cheirinho ótimo - característico dos novos - e, como se não bastasse, com páginas levemente amareladas. Não resisti.

Foi quando eu cansei de ler legendas que me veio a súbita, tentadora e irresistível ideia de embarcar numa boa história. Para ajudar, esse inverno seco e esse dia nublado e tenebroso. Não tem clima melhor. Tudo convergia para que eu começasse. O silêncio da minha casa, com seu 2º piso que parece que foi construído para transbordar um silêncio incrível, unido ao grande corredor com duas portas no fim; a cada minuto parece que o silêncio aumentava, não fosse pelo barulho do vento e a leve impressão de que o frio estava aumentando.

Com o tão belo livro - emprestado da prima - arrumei 2 travesseiros e uma almofada cuidadosamente no canto da cama. Levantei o edredom com leveza e me pus em baixo do mesmo. Antes disso, obviamente, havia me encarregado de deixar próximo a mim os óculos, um copo com água e o celular: tão próximos que eu não precisasse sair da cama para pegá-los, mas distante o possível para não derramar a água sobre a cama.

Olhei o rádio-relógio, passava um pouco das 2 da tarde. Comecei a ler. Estava tão concentrada que se quer notava o esforço do meu irmão para lograr atenção. A história estava ficando cada vez mais empolgante e eu só me mexia para mudar de posição. O copo d'água já estava seco e, ao olhar pela grande janela do meu ex-quarto, eu já podia notar o escuro e os tons róseos das nuvens. Já estava na 177ª página e decidi descansar um pouco a vista.

Ao tirar os óculos e olhar o rádio-relógio, notei que meus olhos estavam realmente exaustos. Só conseguia ver o borrão laranja, não consegui enxergar a hora. Lembrei do meu celular, ao meu lado, que não tocara sequer uma vez. Era 18:05. Havia sido demais. Três horas de filme pela manhã, quatro horas de livro à tarde. Cansei. Mais tarde continuo, só não sei o quê.

P.S. Eu geralmente não sigo modinhas, mas, não sei por que essa história me chamou tanto a atenção. Não é do meu costume ler esse tipo de história. Há sempre uma primeira vez nos esperando. É um bom livro. Acho que amanhã termino.




"... e eu percebi que me divertia com a solidão, em vez de me sentir solitária."
Crepúsculo


sábado, 11 de julho de 2009

Há sempre alguém apaixonado pelo próprio ego.


Marília era uma menina do coração mole. De graça, gostava das pessoas. Assim se passou com ela.

Não importava o que ela fazia, como ela se vestia ou até o que ela dizia: ela sempre era e sermpre seria o mesmo ser indiferente para alguns. Tudo bem, ela não queria e nunca quis ser centro de atenções, mas machucava seu coração a falta de reciprocidade.

Marília nunca quis ser notada pelos que ela não nota. Mas, para aqueles a quem ela apoiava com tudo, por eles sim. Era de doer no peito quando ela percebia que para aqueles, justo para aqueles, ela não valia nada.

Se Marília estende a mão para ti, vais recusar apertá-la?

Ela entendeu. Vai ser sempre assim. Vai ter sempre alguém que a deixe lá em baixo, lá no chão. Alguém que, quando precisa até a chama. Quando está bem...
quem és tu, Marília?

Gratidão é uma virtude.

Pobres Marílias.

"Se você não tem amor no coração, você não tem nada.
Sem um sonho, não tem história, não tem nada."

Australia (o filme)




quarta-feira, 8 de julho de 2009

"Faca de ponta, não quero mais..."*

Ando meio sem inspiração por esses dias. Depois do São João e do Exame final, parece que meus pensamentos foram junto com as tenebrosas chuvas que aconteceram. Não me levem a mal. Quando eu menos esperar vou lotar isso aqui de escritos (des)esperados ou não.

Apesar disso, eu estou tão bem assim! E de férias.

"Eu queria que você fosse um estranho em quem eu pudesse me desprender.
Apenas diga que concordamos, e então nunca mudamos."
Over my head, The fray.

*Trecho da música "Faca de Ponta", banda "Manacá".

terça-feira, 7 de julho de 2009


"Don't stop 'til you get enough..."

Wallpaper 1440 x 900 *click!*

sábado, 4 de julho de 2009

Uma opinião.

"Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos. Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade. Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava. Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável. Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos. Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto. Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.


Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas. Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho. E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém."
John Lennon

quarta-feira, 1 de julho de 2009

Sinta a música.


Estou a dois dias dos 19. E hoje eu estou pra ouvir músicas calmas.
Daquelas que me deixam calma, feliz e emocionada ao mesmo tempo.
No melhor estilo do Indie Rock. Do folk, ou do "Rock dos Beatles".
Do tipo que te faz viajar da cadeira em frente ao computador para um lugar onde há tudo que você acha de mais lindo. Para uma praia vazia, com sol de 16h, e o som das ondas, por exemplo.

Meu player acaba de mudar de "Despair in the departure lounge" para "No buses", ambas de Arctic Monkeys. São simplesmente lindas. Com letras fortes. Ouça.

Eu gosto de falar de música.
E de ouvir, claro.
"Moça, para onde seu amor foi? Eu estava procurando mas não acho em nenhum lugar. Eles sempre oferecem quando há amor por perto. Mas, quando se tem pouco de algo, não há onde encontrar."
No Buses

P.S. Ouça também:

Baby, I'm yours, por Arctic Monkeys.
No Buses, por Arctic Monkeys.
When the sun goes down, por Arctic Monkeys.
Cliquot, por Beirut.
Nantes, por Beirut.
Postcards from Italy, por Beirut.
Transatlantique, por Beirut.
OH! Darling, por The Beatles.
With a little help from my friends, por The Beatles.