quinta-feira, 30 de abril de 2009

Um dia, à caça. (new Post)

Vais parar só porque parece que teus desejos não convergem mais para ti?
Não, não te enganes. A vida é assim.
Sempre foi, e sempre será.
Um dia é do caçador, o outro também.
Há dias em que é bom parar de ser a caça
- e esperar que o caçador chegue com arco e flecha prontos -
e ir em busca de tuas presas.

E esse é o ritmo que embala a vida.
O vai e vem de presas e predadores ferozes,
músicas incansavelmente altas ou calmas melodias,
seres "racionais" (
vulgo Homo sapiens) andando velozmente de um lado para o outro
a seguir suas próprias regras, brigando por elas,
amando, chorando, gritando, (des)respeitando.

É assim. Se hoje não estás satisfeito,
inverte os papéis (nem que seja temporariamente).
Ou fica sentado esperando que algum caçador da louca vida chegue com
arco, flecha e tudo mais que queiras.


P.S. Ah, eu e meus defeitos. Não estou de caçadora, muito menos como caça. Sou uma simples aspirante à cientista.

"Um dia você aprende que há momentos em que o melhor apoio é o chão.
Aprende que não importa em quantos pedaços seu coração foi quebrado,

o mundo nunca pára para que você o conserte.
Um dia, aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás.
Portanto, plante seu jardim e decore sua alma,
ao invés de esperar que alguém lhe traga flores."

terça-feira, 28 de abril de 2009

"Livre, leve e solta."


Lado e outro.
Há dois lados.
O outro lado me atrai.

É perigoso.
O outro lado é desconhecido.
Hei de sofrer, fracassar?

Ah, não.
O outro lado é privativo.
Uma grade me separa de lá.

Talvez,
pode até ser que o outro lado seja uma vaidade.
E pular o muro não é permitido.

Que me importa?
No começo, todo proibido no fundo é prazeroso.

Se liberta sempre fui, quero agora a liberdade.



"É tudo uma questão de linhas.
É preciso ter limites entre você e o resto do mundo.
Pessoas são complicadas demais:
é tudo uma questão de linhas.
Você risca linhas na areia e depois reza para que ninguém as atravesse.
A certa altura você tem que tomar uma decisão.
Limites não mantém os outros fora.
Eles te prendem dentro.
A vida é confusa: é assim que somos feitos.
Portanto, você pode desperdiçar sua vida toda traçando linhas
ou então viver sua vida atravessando-as.
Mas existem certas linhas que são perigosas demais para se cruzar.
Aqui está o que começo a entender:
se eu estiver disposta a arriscar,
soube que a vista do outro lado é espetacular!"
- Adaptado Grey's Anatomy -

sexta-feira, 24 de abril de 2009

"É a lama, é a lama..."


*"É a lama, é a lama..." - Águas de março, Tom Jobim.
Fechei os olhos.
Não, não me peça para abrí-los.
Já estão tão cansados.
Não querem mais ver nada disso.
Deixa.
Deixa estar.
O dia há de chegar.

Há uma verdade que começo aceitar:
"está virando" questão de amor próprio.


Sentimento do mundo.
Por:
Juli (Para viajar basta existir).


quarta-feira, 22 de abril de 2009

Como tantas outras marias. (ou "Mais uma historinha")

Mariazinha era uma menina comum.
Brincava na rua: pés descalços, cabelos embaraçados, joelhos arranhados, bochechas sujas.
"Menina, sai da rua! Vem pra casa, toma teu banho." - Era a ladainha de todo fim de tarde.
Barriga com fome. Pacata cidade de interior.

Mariazinha era uma menina comum.
Inteligente, esperta. Uma das melhores da classe.
"Parabéns, como sempre, mais um A." - Era o coro da professora.
Caderno com capa rasgada. Simples escola do Estado.

Sim. Mariazinha era uma menina comum.
Ia para a igreja com o pai e a mãe , ao amanhecer de todo santo domingo.
"Em nome do espírito santo, amém." Era a oração do jejum de Mariazinha.
Hora da comunhão. Católica de nascença: pai e mãe.

Mariazinha cresceu.
Não brinca mais na rua.
Não tira sempre A.
Não vai mais à igreja.

Mariazinha, já é Maria. Pensa, anda e sobrevive.
Ela mudou. Amadureceu.
Sabe sonhar, trabalhar e até cantar.
Maria todo dia muda o mundo.

Na verdade, Mariazinha nunca foi uma menina comum.

-
"Escrever é fácil.
Você começa com uma letra maiúscula e termina com um ponto final.
No meio você coloca ideias."
Pablo Neruda

domingo, 19 de abril de 2009

Grito dos anônimos.

Eu grito.

Um grito sufocado, mas grito.
Entristecido, mas grito.
Enfurecido, mas grito.
Indignado, mas grito.

Quisera fosse por alegria, realização.
O grito é de decepção.

Anônimos não têm* direito de gritar.
Porque anônimos são meros integrantes da louca vida,
despercebidos pelu furor de uma grande cidade.
Anônimos que gritam são ditos loucos.
E loucos nem sempre são bem-vindos**.

Ainda que anônima, eu grito.
E meu grito é sufocado, triste, enfurecido, indignado.

Mas é um grito.

Com meu coração, ando gritando de raiva.

-
*Ainda acentua-se 'têm' no plural?

** "Bem-vindo" ainda tem hífen?

Estou meio por fora das novas regras.


sábado, 18 de abril de 2009

Dia [logo]. (ou Diálogos)



Existem dois tipos de conversas entre amigos: as que podem ser jogadas ao léu e as que rendem frutos e pensamentos para um dia, uma semana ou uma vida.

Num misto dessas conversas, por esses dias, em meio a apuros, ouvi um desabafo que realmente me fez pensar por demais a respeito.

"Se eu soubesse o meu máximo, faria o máximo que posso."

Quer dizer que se eu soubesse o limite, não pararia enquanto não chegasse lá.

Pode até parecer óbvio, mas há tempos uma frase não me deixava tão pensativa. Ela é simplesmente a chave da força de vontade. Da auto-estima.
E da persistência.
Agir até o ponto que creio que seja o meu máximo.
O problema é que sempre achamos que não chegamos lá. =/


"Confiança é uma máscara que cobre o rosto inteiro, menos os olhos."

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Carta para a Solidão.


Olá, colega! Como vai?
(Mal como sempre, já imagino.)
Hoje só volto mais tarde, estou ocupada com umas atividades da faculdade.

Na verdade este escrito é uma carta de despedida.

Entretanto, deixo bem claro meus motivos para que entendas e me dês razão de não mais querer tua companhia.

És muito chata. Não aguento mais essa tua mania de perseguição, tua obsessão!
Acordo e já estás à beira da cama.
Insistes em me acompanhar para a faculdade, praia, festas.
Nem à padaria me deixas ir sozinha!
Além do mais, és possessiva!
Não queres me dividir com ninguém!
Nem com meus amigos, colegas.

Contigo tudo é desanimador por demais.
Até os filmes de fim de semana se tornam sem graça.
As chuvosas tardes dominicais são insuportáveis.
As noites de sábado, tenebrosas.
Tudo culpa tua.

Então, por favor, entende! É adeus que te digo.
Vai embora.
E antes de ir, deixa minha auto-estima, meus risos e meus CDs de música latina.

Ah, como eu poderia esquecer?
Não vá sem antes desfazer a confusão que causaste entre o amor e eu.
Diz-lhe que tudo não passava de intriga tua e que ele já pode voltar:
Há muito estou com saudades.

Adeus.

Sem mais delongas, Vanessa.

"Não, eu só vou se vou pra ver
uma estrela aparecer
na manhã de um novo amor."
Vinícius de Moraes & Baden Powell.

sábado, 11 de abril de 2009

"E isso, eu vi. O vento leva." (ou Fria brisa)

Ah, vento. Tu e tua rara brisa.
Pude sentir outra vez um dos únicos frios que me agradam.
O frio do teu toque passando pelo meu pescoço, pelos meus braços.
Essa tua natureza às vezes me faz falta.
Mas já basta.
Deixo-te uma vez mais, pois só és minha paixão de estação.
Até breve.

"Um poeta usa de imaginação e criatividade para fazer suas rimas perfeitas
e assim expressar seus loucos, puros, bêbados ou doces sentimentos.
Quem escreve não o faz para superar os demais, e sim para superar-se."
Vanessa Gomes


quarta-feira, 8 de abril de 2009

[in]Comum - (ou "Entranhas" maluquices).

Na verdade, ando viajando por dentro de mim mesma.
Parece que cerrei-me em mim, mas não por mim.
Por absoluta falta de opção.
Pensando cá comigo, cá com meus miolinhos,
descobri coisas tão óbvias, mas tão óbvias em mim,
as quais sequer tinha me dado o trabalho de reparar e concordar.
Assumir, em verdade.

Descobri que gosto do comum.
Mas o comum não me traz paixão.
Sim, paixão. Aquela que dá um temperinho especial no nosso cotidiano.
Apaixona-se por várias coisas, pessoas, fatos e até situações.
Mas, voltando ao assunto...

Apesar de gostar, o comum não me traz paixão.
Gosto mesmo é do incomum, daquilo que existe e está lá:
todos os dias, porém não é pra qualquer um não.
Ah, o incomum é especial.
Simplificando, incomum é aquilo que te traz paixão, curiosidade.
E desejo.
Eu desejo, IAHOiuahioauha...


Também não gosto do extremo das diferenças.
Incomum sim, exagerado não.
É prudente notar que o conceito de "Ser comum, ou não" é relativo.
A beleza não é comum: é relativa e me traz paixão.

Logo, descobri que gosto do incomum e do belo, ambos me remetem paixão, desejo e curiosidade, e não: eu não gosto de extremos e extremistas exacerbados.
-
"Eles devem usar seus Reeboks clássicos
Ou seus converse acabados
Ou seus bottons enfiados nas meias.
Mas essa não é a questão.
A questão é que não existe mais romance por ali
(...)"
Arctic Monkeys


Em paródia à Vinícius e Powell...
"Um 'homem' tem que ter qualquer coisa além de beleza."
IUHAOiuahoIUHAoiah...

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Pego um capuccino e digo: pode chorar. (Eu choro com teus sentimentos. Eu choro os teus sentimentos. )

Ouvi uma música muito, muito boa e pensei no texto abaixo.
Com a música e o desabafo de um amigo, fica o ouvido, dito e escrito.
Afinal, é sempre bom compartilhar dos sentimentos dos amigos próximos.

Foto antiga! Há 1 ano e 3 meses, eu acho.
Antes o amor não correspondido que a falta de amor.
Antes a paixão alucinadora que o coração acalentado por não ter por quem se apaixonar.

Um dia ainda direi que serei de alguém até que as estrelas comecem a cair do céu.
De alguém, até que os rios sequem.
Em outras palavras, até eu morrer.

De alguém, até que o sol não brilhe mais.
De alguém, até que se esgotem as rimas dos poetas.
Em outras palavras, de alguém. Enquanto o amor durar.

P.S. Adaptada de "Baby, I'm yours".
Versão: Arctic Monkeys