representa minha postura ante o capitalismo
- da raiz às pontas.
representa minha visão política
- centro-esquerda, com alguns fios rebeldes.
representa meu modo de encarar a dor
- enganando, disfarçando, abafando, reprimindo.
] E meu cabelo é contido, é controlado. Ele não tem liberdade de expressão, força de voto, consciência ambiental, nem é vegetariano.
Meu cabelo vê TV todos os dias, se comove com os sensacionalismos criador por ela; ele gosta de assistir novela, e "às oito" bate o ponto frente à tela.
Meu cabelo tem altas taxas de glicose, colesterol. Ele se alimenta de fast-food todos os dias.
E não é cult, nem alternativo, nem regueiro; ele foi tomado pela nova onda e é popeiro, gagueiro, nxzeiro.
Meu cabelo não critica ou segue a modinha dos contra-modinha. Ele simplesmente segue, sobrevive e existe - dia após dia.
(...)
E quando eu vi o meu primeiro fio de cabelo branco, percebi: enfraquecimento e envelhecimento de tudo aquilo que ele um dia representou - ou desejou representar. Mas não o desaparecimento dos desejos. Afinal, ele - o fio - continua lá.
"Nem toda arte é um dom. Nem todo voto é secreto.Nem todo amigo é discreto. Nem todo batuque é samba."Música: Vagabundo, por Ney Matogrosso e Pedro Luís e a ParedeLetra: Antonio Saraiva
Não sei se pude compreender o quão profundo tentou se expressar... Talvez seja apenas imaginação minha, exagero... Mas vejo que você, de certa maneira, foi atingida pelo "Até bem pouco tempo atrás poderíamos mudar o mundo / Quem roubou nossa coragem?".
ResponderExcluirE como diziam as más línguas: "Os cabelos somos nozes".
achei esse mto mto mto bonito... o cabelo, assim como a dona dele, é vivo, pulsa e respira...
ResponderExcluir*q venha os próximos fios... q venha a vida..
besos.