Esta carta não está endereçada a ninguém. Não possui nenhum destinatário. Ela é pra você que a encontrou por aí. É, amigo: nem tudo está como deveria estar. E eu até brincava com as palavras, mas este é um momento muito sério para jogá-las assim, brincando.
No fim das contas, eu deixei esta carta escrita porque, é verdade - eu assumo - eu bem queria que alguém soubesse o porquê dos meus motivos. Mas você me conhece? Alguém me conhece? Ninguém. Então toma esta carta como uma história de uma desconhecida qualquer - o que de fato, é.
A vida estava só por demais, calada, fria... Eu nunca gostei disso, mas as circunstâncias e as minhas atitudes trouxeram-me a este ponto: a dúvida. Morrer ou não morrer é sempre verdade, mas será que eu devia mesmo ter partido? Sim, meu amigo. Na minha opinião, sim.
Ninguém me conhecia, só eu. E eu, por mim, comigo mesma, era pouca gente para um coração tão grande; não é pretensão, e sim realidade. Parece que cabiam todos aqui - mas para mim nunca houve espaço.
(...)
Cara, se você encontrou esta carta, saiba que eu devo ter ido dessa (essa sua aí) para uma melhor. E se não estiver melhor, bem... Com certeza estará diferente.
Abraço,
Elise.
The Penalty, Beirut.
Eu já disse que me identifico muito com quase todos os teus textos?
ResponderExcluirEsse foi mais um.
Onde tem mais? rs
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