domingo, 25 de outubro de 2009

Nós paramos e cantamos.

Seria mais um sábado comum, não fosse por aquela tarde - que caiu pela noite - tão incomum.

Fui caminhando em direção àquela capelinha especial, e lá estavam uns 4 ou 5. Tirei o violão das costas, troquei palavras por ideias e as compartilhei com eles. Incrível como aquela música uniu pessoas e personalidades tão distintas.

Se alguém souber onde está o segredo da música de Beirut não conte! Não para mim. Deixemos uma visão para admirar! Deixemos esse mistério saboroso no ar. O que há nessa música?

Une à primeira batida vários corações num só, impulsiona aos que "sentem" a música a pular, e dançar, fechar os olhos e respirar. Emoção, sorrisos, gestos, abraços.

Este evento, o Beirutando, não foi somente uma reunião de fãs. Longe disso, foi bem mais adiante. Foi uma união de braços, mãos, afetos, sorrisos, suspiros, cantos, violões, batidas, silvos. Tudo convidava ao ápice: as árvores, a grama, o cheiro, as pessoas ao redor, o vento, o sol. Realmente bom de se ver e sentir: a aglomeração aumentando, mais músicos chegando, mais instrumentos, batidas, cores, amor, som. Mais torpor. Todos os corações num só uníssono, seguindo à mesma voz, sob o mesmo pulsar.

E, se um dia, alguém me perguntar o que é Beirut pra mim, a resposta é fácil. Beirut é tudo isso. É além de música. É uma "dimensão" que une pessoas e as faz parar por um momento e pensarem da mesma forma. E o Beirutando... O Beirutando foi (e é) a prova viva de que se pode "viver Beirut", sim.

"Nós paramos e cantamos".

"The wind in my hair, a flood through my tear..."
Guyamas Sonora, by Beirut.


quinta-feira, 22 de outubro de 2009

WTF?

Depois dos compromissos sérios estava lá, eu, na varanda.
Esperando meu celular tocar.
Uma brisa tão leve me levou a recostar na grade e observar o tempo, o movimento, o nada.
E tudo.

Foi então que meu olhar, caminhando pelas rotinas, avistou uma parede. Era diferente, distante. Tinha uma vegetação sobre si, quase uma vida própria.

Exatamente nesse momento que meus olhos pararam. Oh, sim, a murada tinha vida própria.
Vidas, na verdade.
Duas, para ser mais específica.
E, uh, que vidas.

Larguei a vida deles na parede e fui cuidar da minha.
Na parede não dá, "né colega"? "Há".

"They said it changes when the sun goes down"
When the sun gos down, by Arctic Monkeys.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Ha,

Vai, vai por mim.

Aquela carinha de malvado, aquele jeitinho marrentinho e aquele discurso de que "tô bem assim, preciso de ninguém" é puro disfarce.
Disfarce.

Vai por mim, amiga.

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Antes eu mantive um certo esforço para tentar escrever bonito. Hoje eu me esforço para tentar escrever.

"How much deception can you take?"
MK Ultra, by Muse.