Hoje pintei meu rosto com água de chuva. Não ficou nenhuma expressão marcada.
Tentei com asfalto, marcar expressões duras - eu estive todo este tempo procurando algo sólido, que pudesse deixar talhado em meu rosto as verdades. Não funcionou.
Viajei, e tentei com um barro de uma serra de lá de dentro, do interior - que era pra ver se minha cara transparecia os sentimentos do sertão. Não deu certo.
Fui ao banheiro e lavei bem meu rosto, e aí entendi que não sou eu quem marco as expressões: o barro, o asfalto, a água da chuva - são eles que brincam e que marcam. Não sou eu quem faço as minhas expressões, são elas que me fazem.
"Então inspire-se na ousadia e afaste a monotonia da sua semana."
Antimonotonia, por Mombojó.
Inspirei uma criança?
ResponderExcluirVery good
Sempre lendo, quase sempre adorando, quase nunca comentando...
Fabiano, agora que vi que nossos textos são parecidos! Não lembrava mais daquele seu!
ResponderExcluir=)
filosófico e estarrecedor.
ResponderExcluirbesos.
Nossa face é um reflexo do que temos dentro.
ResponderExcluirMesmo que esteja sujeito a embaçadelas.