Cada som que sai da sua boca é como uma bala, uma faca atirada direta e certeira - que fere como seta, flecha, bem ao alvo.
Mas incrivelmente, absurdamente, junto a todos os "mentes" e "entes" - apesar deles - tudo acontece tão naturalmente pra você.
- Dane-se,
foda-se,
tô me lixando,
vai pra puta que pariu,
vai se lascar,
vai pra merda,
(...).
Vai ser normal se você sentir indigestão e quiser vomitar.
Mas, ainda assim, cada palavra que você cospe,
engula.
E aceite este copo d'água inteiro, por favor.
"Eu já cai, já tô no chão.
E tô torcendo pra você ficar na merda.
Como eu também estou nessa merda,
Então porque não ficar aqui?
E se você estiver na água,
E não souber nadar,
Eu vou te jogar uma pedra
Pra você segurar...
Pra você ficar ciente de aonde é seu lugar."
E tô torcendo pra você ficar na merda.
Como eu também estou nessa merda,
Então porque não ficar aqui?
E se você estiver na água,
E não souber nadar,
Eu vou te jogar uma pedra
Pra você segurar...
Pra você ficar ciente de aonde é seu lugar."
Merda, por Mombojó.