"Na verdade, Sofia queria saber qual era a invisível e fortíssima solução existente entre ela e Eduardo. Ela não sabia, só sentia.
Um dia encontrei com Sofia, e, curiosa que sou, resolvi indagar sobre Edu... O Edu que Martha, nossa colea em comum, me contara.
- Sofia, que bom te ver. Como estás? E as novidades? - falei rápida e disfarçadamente, tentando esconder o verdadeiro motivo de minha "prosa" com ela. - Bem, Nessa. Ah, novidades... Bom, minha vida está mais para um museu. De novo mesmo não tem nada. E você? - Perguntou-me desconfiada.
- Nada de extraordinário. Já te falei sobre as aulas de carro e moto? - Tinha certeza que não, mas eu só queria levar a conversa para mais uns dois minutos e perguntar o que eu realmente queria. Assim aconteceu.
(...)
- E os amigos, como estão? Martha me disse que você nunca mais saiu.
- Pois é Nessa. Não saio tanto porque quase todos os dias já estou acompanhada. - Ela corou.
- Huum... acompanhada? Quer dizer que você está de romance e não me contou?
- Não, não Nessa! Não é dessa forma. É só o Edu. É um amigo meu. Na verdade, nós não nos conhecemos de verdade. Talvez nosso vínculo seja virtual. Não existe num plano físico. Mas ele está lá. Compartilha dos mesmos sentimentos que os meus, as mesmas angústias, as curiosidades. É que como se um de nós sempre sentisse as emoções do outro de uma maneira bastante particular.
- Ah, você quer dizer... um namorado virtual? - A história era bem mais complexa do que eu imaginara.
- Não, também não é isso. Ele é como um irmão, um amigo, um confidente. Como se me ouvisse todas as noites. Como se algo maior que um sentimento nos unisse. Ele não é nada disso que vocês está pensando... Mas, já que você falou em namorado - ela realmente corou dessa vez - Vou sair com Daniel amanhã. Mas ele não sabe da minha intimidade com Eduardo. Ele jamais entenderia.
(...)"
P.S. Que fique claro. Esse texto é meu. Nenhuma relação com o livro "O mundo de Sofia". Aliás, nunca li esse livro =x.
"O tempo passa. Mesmo quando isso parece impossível.
Mesmo quando cada batida do ponteiro dos segundos dói como o sangue pulsando sob um hematoma.
Passa de modo inconstante,
com guinadas estranhas e calmarias arrastadas,
mas passa.
Até para mim."
New Moon, por Sthephenie Meyer.